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Rei saudita remove comandante máximo da guerra no Iêmen

Príncipe Fahd Bin Turki, ex-comandante das forças de coalizão saudita que intervêm na guerra do Iêmen, 1° de setembro de 2020 [Edourdoo/Twitter]
Príncipe Fahd Bin Turki, ex-comandante das forças de coalizão saudita que intervêm na guerra do Iêmen, 1° de setembro de 2020 [Edourdoo/Twitter]

O Rei da Arábia Saudita Salman bin Abdulaziz removeu do cargo o comandante máximo das forças de coalizão que intervêm na guerra do Iêmen, em meio a investigações de corrupção, segundo a agência oficial SPA.

O decreto real emitido hoje (1°) declarou exoneração do comandante das Forças Conjuntas, príncipe Fahd Bin Turki, junto de seu filho, príncipe Abdulaziz Bin Fahd, que exercia o posto de governador adjunto da região de Al-Jouf.

A decisão baseou-se em queixa do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman ao comitê anticorrupção do país (Nazaha), a fim de investigar “transações financeiras suspeitas no ministério da defesa”, conforme reportado no decreto.

O príncipe Fahd será substituído pelo Tenente-General Mutlaq Bin Salim.

Quatro outros oficiais do exército saudita estão sob investigação.

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Entretanto, segundo o proeminente informante saudita conhecido como Mujtahidd, o príncipe Fahd foi preso após algumas de suas ações serem interpretadas como prelúdio a um golpe contra Mohammed Bin Salman, governante de fato da Arábia Saudita. Segundo Mujtahidd, novas prisões são esperadas, tanto de membros da família real quanto oficiais militares.

Para o informante saudita, a prisão do príncipe Fahd é incidente político

O príncipe herdeiro já lançou previamente um expurgo anticorrupção no reino saudita, em 2017, que resultou em centenas de nobres, ministros e empresários presos no Hotel Ritz-Carlton de Riad, capital do país. O movimento foi interpretado na época como forma de subjugar potenciais rivais e consolidar poder.

Em março, quase 300 funcionários públicos, incluindo oficiais militares, foram presos em outra onda repressiva contra supostos casos de corrupção.

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