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Rainha Noor da Jordânia rejeita acordo de normalização entre Israel e Emirados

Rainha Noor da Jordânia em Nova Iorque, Estados Unidos, 13 de março de 2015 [Countess/Getty Images]
Rainha Noor da Jordânia em Nova Iorque, Estados Unidos, 13 de março de 2015 [Countess/Getty Images]

A rainha Noor da Jordânia, viúva do rei Hussein Bin Talal, expressou solidariedade ao príncipe Ali Bin Al-Hussein, meio-irmão do atual rei jordaniano Abdullah II, em repúdio ao acordo de normalização de relações entre Israel e Emirados Árabes Unidos.

Noor compartilhou no Twitter um artigo detalhando a campanha de solidariedade com o príncipe Ali e com o cartunista jordaniano Emad Hajjaj, após Emirados Árabes Unidos criticarem ambos por suas críticas ao acordo.

O príncipe Ali Bin Al-Hussein despertou controvérsia após tuitar um artigo de Avi Shlaim, professor emérito de Relações Internacionais da Universidade de Oxford, intitulado “UAE-Israel deal: Breakthrough or betrayal?” (“Acordo Israel-Emirados: progresso ou traição?”).

Mais tarde, o príncipe deletou a postagem após relatos de indignação por parte dos Emirados Árabes Unidos, a fim de evitar disputas entre ambos os países.

O cartunista Emad Hajjaj foi preso pela polícia jordaniana após publicar uma caricatura de Mohammed bin Zayed al-Nahyan, príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos, em crítica ao pacto e aos anseios emiradenses de adquirir aviões de guerra dos Estados Unidos.

Hajjaj foi libertado no domingo (30), após manifestações de grupos internacionais, como o Human Rights Watch.

Em 13 de agosto, o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou um “acordo de paz” entre Emirados Árabes Unidos e Israel, mediado por Washington, para normalizar relações entre os países.

O governo emiradense alega que o acordo foi um esforço para conter os planos israelenses de anexação ilegal de grandes partes da Cisjordânia ocupada.

Críticos, no entanto, argumentam que as negociações para instituir laços com a entidade sionista ocorrem há anos, ao destacar reiteradas visitas de oficiais israelenses aos Emirados e sua participação em conferências no país do Golfo, que até então não possuía relações diplomáticas com o estado da ocupação.

Não obstante, em 17 de agosto, o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu repetiu que a anexação não está descartada, mas sim postergada, por ora.

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