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Houthis recusam condições para entrada de derivados de petróleo em Hudaydah

Navio ancorado no porto de Hudaydah, Iêmen [Foto de arquivo]
Navio ancorado no porto de Hudaydah, Iêmen [Foto de arquivo]

Os houthis do Iêmen rejeitaram ontem as tentativas do governo de negociar a entrada de derivados de petróleo no porto de Hudaydah, informou o site de notícias Shebab.

Em nota, os houthis disseram que todos os navios petroleiros “devem” entrar no porto sem obstáculos ou pré-condições.

No domingo, o ministério das Relações Exteriores anunciou a iniciativa de permitir a entrada de navios petroleiros no porto, desde que suas receitas sejam depositadas em uma nova conta bancária não controlada pelos houthis.

A iniciativa estipulou que a ONU controlaria as receitas e garantiria sua distribuição com base em mecanismos acordados entre o governo e os houthis.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, todas as receitas do petróleo e as receitas retiradas pelos houthis do banco central devem ser usadas para pagar os salários dos funcionários iemenitas em todo o país, com base nos registros de 2014.

O governo iemenita acusou os houthis de violar um acordo anterior firmado com a ONU e retirar US$ 60 milhões das receitas do petróleo depositadas na agência do banco central em Hudaydah.

No domingo, a ONU expressou preocupação com “a escassez massiva” de combustível de que sofrem várias áreas controladas pelos houthis.

O enviado da ONU ao Iêmen, Martin Griffiths, pediu a todos os lados que se coordenem urgentemente com seu escritório para garantir o recebimento das necessidades básicas de combustível e derivados de petróleo, bem como usar as receitas do petróleo para pagar os salários dos funcionários públicos.

A coalizão liderada pela Arábia Saudita, que apóia o governo do Iêmen, tem imposto um bloqueio rígido aos embarques para Hudaydah desde que o porto caiu nas mãos dos Houthis. O reino diz que este é um esforço para impedir o envio de armas para o grupo. No entanto, os ohuthis negam e dizem que a ação de Riade está deixando a população local faminta.

LEIA: Iêmen tem mais de 3.500 desaparecimentos forçados

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