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Kuwait não poderá pagar salários a partir de novembro, alega ministro

Primeiro-Ministro do Kwait Sabah al-Khaled al Sabah (à esquerda) conversa com o Ministro das Finanças Barak al-Sheetan, durante sessão parlamentar na Cidade do Kuwait, 12 de agosto de 2020 [Yasser al-Zayyat/AFP/Getty Images]
Primeiro-Ministro do Kwait Sabah al-Khaled al Sabah (à esquerda) conversa com o Ministro das Finanças Barak al-Sheetan, durante sessão parlamentar na Cidade do Kuwait, 12 de agosto de 2020 [Yasser al-Zayyat/AFP/Getty Images]

O estado do Kuwait, país do Golfo rico em petróleo, não terá reservas suficientes para cobrir os salários de servidores públicos após o próximo mês de novembro, alertou o Ministro das Finanças Barak al-Sheetan ao parlamento, nesta quarta-feira (19).

Segundo a agência Bloomberg, al-Sheetan confirmou que o governo kuwaitiano está retirando em torno de 1.7 bilhões de dinares por mês, de seu Fundo de Reserva Nacional. Reiterou que liquidez logo será esgotada, caso não melhorem os preços do petróleo, sem eventuais empréstimos concedidos ao Kuwait por mercados locais e internacionais.

Al-Sheetan sugeriu que o déficit orçamentário do Kuwait aumentou em 69%, para 5.64 bilhões de dinares, no último ano fiscal. Segundo o ministro, o governo estima déficit de mais de 14 bilhões de dinares no atual período, que encerra-se em 31 de março de 2021.

Al-Sheetan argumentou que salários e subsídios abrangem 76% dos gastos públicos. “No médio para longo-prazo, na falta de empréstimos, novas medidas de austeridade terão de ser impostas sobre os gastos públicos”.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) especula que as necessidades financeiras do governo do Kuwait aumentem aceleradamente, enquanto sua liquidez se esgota.

Em resposta, o parlamentar kuwaitiano Riyadh al-Adsani declarou: “Al-Sheetan tem de deixar seu cargo ao invés de ameaçar os cidadãos com seus salários”. Segundo Adsani, o ministro produziu um documento com soluções nada realistas para a crise.

A economia do Kuwait foi prejudicada pelo surto de coronavírus e pelo colapso nos preços de petróleo, além do acordo da OPEP+ para reduzir a produção.

LEIA: Posição do Kuwait sobre Israel permanece ‘inalterada’

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