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Aplicativo de rastreamento para covid-19 é agora obrigatório no Catar

Algumas poucas pessoas são vistas no Bazar de Waqif, diante das restrições do coronavírus, em Doha, Catar, 14 de março de 2020 [Serdar Bitmez/Agência Anadolu]

O governo do Catar planeja utilizar tecnologia para combater a pandemia de covid-19. Um novo aplicativo chamado Ehteraz é a última arma anunciada pelo governo na tentativa de conter a transmissão do vírus.

Na última semana, tornou-se obrigatório para cidadãos e residentes do Catar que tenham o aplicativo de rastreamento instalado em seus celulares, em particular, quando saem de casa. O Ehteraz permite que o governo rastreie a localização dos usuários que estiveram em contato com qualquer indivíduo infectado. Quem não estiver com o aplicativo, alertou as autoridades, poderá ser multado em até US$55.000 ou três anos de prisão.

Entretanto, o aplicativo decorre em preocupações sobre a privacidade civil, pois requer acesso a arquivos privados dos dispositivos dos usuários, além de uso permanente de GPS e Bluetooth. Na terça-feira (26), a Anistia Internacional advertiu as autoridades sobre graves falhas de privacidade no aplicativo.

“Graves vulnerabilidades de segurança no aplicativo obrigatório de rastreamento do Catar, descobertas pela Anistia Internacional, devem representar um chamado de alerta a outros governos, para garantir que a privacidade seja prioridade na utilização de recursos similares”, afirmou a organização humanitária.

LEIA: Arábia Saudita e Catar são os mais atingidos por coronavírus entre os países árabes

Após a denúncia da Anistia Internacional, o governo em Doha declarou no Twitter que a privacidade e segurança dos usuários do aplicativo são de “máxima importância”.

 

Segurança e privacidade do usuário do Ehteraz são de máxima importância, alega governo do Catar

O Catar também possui uma grande comunidade de imigrantes, com mais de um milhão de trabalhadores estrangeiros no país. O fluxo de imigrantes serviu como uma das justificativas para a série de medidas restritivas para conter o vírus.

O primeiro caso foi confirmado no país em 27 de fevereiro, mas o número começou a escalar exponencialmente a partir de meados de março.

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