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Polícia israelense detém governador palestino de Jerusalém

Governador de Jerusalém Adnan Ghaith é visto corte israelense ordenar sua soltura, em Jerusalém, 2 de dezembro de 2018 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Neste domingo (5), a polícia de Israel voltou a prender o governador palestino de Jerusalém Adnan Ghaith, segundo relatos da Agência Anadolu e fontes de mídia local.

Um vídeo divulgado pelo Centro de Informações Wadi Hilweh, com sede em Jerusalém, registrou o momento em que a polícia deteve a força o governador Ghaith, ao recolhê-lo de sua casa no bairro de Silwan.

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Ghaith foi detido diversas vezes apenas nos meses recentes.

A razão por trás da prisão permanece incerta – a polícia israelense ainda não emitiu nenhum comunicado oficial sobre o assunto.

Em fevereiro, autoridades da ocupação israelense proibiram Adnan Ghaith de entrar na Cisjordânia pelo prazo de seis meses, além de não poder comunicar-se com a Autoridade Palestina – embora seja governador e, portanto, representante político da Autoridade Palestina.

Ghaith já havia sido preso por forças de Israel em outubro e novembro de 2019.

A prisão de Ghaith ocorre apenas dois dias após a prisão de outro oficial palestino. Fadi Al-Hadami, Ministro de Assuntos de Jerusalém da Autoridade Palestina, foi detido na sexta-feira (3) por supostamente violar a proibição israelense sobre atividades políticas palestinas no território ocupado de Jerusalém Oriental.

O Ministério de Assuntos de Jerusalém afirmou em declaração que a polícia israelense invadiu a residência do ministro palestino, também no bairro de Silwan, em Jerusalém, e o levou em custódia.

Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da Organização para Libertação da Palestina (OLP), acusou a ocupação israelense de sabotar esforços palestinos para conter o surto de coronavírus, ao referir-se à escalada de Israel contra oficiais palestinos de Jerusalém, incluindo a reiterada detenção do ministro Al-Hadami.

Jerusalém permanece no coração do conflito de décadas no Oriente Médio. Palestinos têm esperança de que Jerusalém Oriental – ocupada por Israel desde 1967 – seja um dia capital de um estado palestino livre e autônomo.

A lei internacional continua a considerar Jerusalém Oriental, assim como Cisjordânia, “território ocupado”, de modo que todas as construções de assentamentos judaicos no local são estritamente ilegais.

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