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Jornal diz que visita de marechal líbio à Damasco visa combate à Turquia

Marechal-de-campo Khalifa Haftar, da Líbia

O jornal Asharq Al-Awsat revelou que o marechal de campo aposentado Khalifa Haftar visitou recentemente Damasco em segredo, seguido pelo chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamel, que também esteve na capital síria no meio da semana.

O jornal disse que a visita de Haftar abriu caminho para a retomada das relações diplomáticas entre o governo paralelo em Benghazi, o regime sírio e o governo interino da Síria em Damasco, além de reviver a diplomacia síria. O objetivo principal de ambas as visitas (de Haftar e Kamel) seria o de coordenar os esforços para combater o papel da Turquia em várias regiões, principalmente na Síria e na Líbia.

O jornal apontou que a relação entre o regime sírio e Haftar remonta a muitos anos atrás, com alguns membros da família de Haftar vivendo em Damasco, como é o caso de parentes e netos do falecido coronel Muammar Gaddafi. Também enfatizou que a relação entre Haftar e o regime baseia-se na abertura de canais de coordenação contra a Turquia.

A notícia indica que Al-Assad deve enviar especialistas militares, de segurança e combate para contribuir com as operações lideradas pelas forças Haftar contra as forças do Governo do Acordo Nacional (GNA) em Trípoli, liderado por Fayez Al-Sarraj, em conjunto com a Rússia. Poderá enviar combatentes sírios da área controlada pelas forças do regime, especialmente Ghouta e Damasco, além de recrutar mercenários do Grupo Wagner e usar a Base Aérea Hmeimim para transferir equipamentos e munições para os campos de batalha na Líbia.

Em 1º de março, o regime sírio e o governo paralelo no leste da Líbia, liderados por Abdullah Al-Thani e apoiados por Haftar, assinaram um memorando de entendimento para reabrir a sede das missões diplomáticas de ambos os lados.

A Agência de Notícias Árabe da Síria (SANA) informou que o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Al-Muallem, recebeu uma delegação da Líbia liderada por Abdel Rahman Al-Ahirish, vice-primeiro ministro do governo paralelo, e Abdul-Hadi Al-Hawaij, ministro Relações Exteriores e Cooperação Internacional.

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