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União Europeia quer que a Turquia retire migrantes da fronteira grega

Migrantes irregulares seguram cartazes que pedem: "abram os portões de fronteira", enquanto esperam em Edirne, Turquia, para chegar à Grécia. Em 3 de março de 2020 [Gökhan Zobar / Agência Anadolu]

O presidente turco Tayyip Erdogan buscou mais apoio europeu na segunda-feira sobre a guerra na Síria e para receber milhões de refugiados sírios, mas lhe disseram que ele deve primeiro parar de incentivar os migrantes a cruzar para a Grécia.

Erdogan voou para Bruxelas para conversar com representantes da União Européia e da Otan, depois que a tensão aumentou sobre o destino de dezenas de milhares de migrantes que tentavam entrar na Grécia, membro da UE, desde que Ancara disse no mês passado que não tentaria mais mantê-los em seu solo.

A Turquia hospeda cerca de 3,6 milhões de refugiados da Síria ao abrigo de um acordo que celebrou com a UE em 2016 em troca de bilhões de euros em ajuda.

Mas o governo turco ficou frustrado com o que considera pouco apoio europeu à solulção da guerra na Síria, onde suas tropas estão enfrentando forças do governo apoiadas pela Rússia e sofrendo baixas crescentes.

“A crise decorrente da Síria, com seus aspectos humanitários e de segurança, está ameaçando nossa região e até toda a Europa”, disse Erdogan depois de chegar à UE e a OTAN. “Nenhum país europeu pode se dar o luxo de permanecer indiferente.”

“Esperamos apoio concreto de todos os nossos aliados na luta que a Turquia vem travando sozinha … A OTAN está em um período crítico durante o qual é preciso mostrar apoio claramente”.

A UE tem pouco a oferecer em termos de apoio militar na Síria, onde condenou o envolvimento da Turquia. O bloco de 27 nações, no qual a maioria dos membros também são aliados de Ankara na Otan, suspendeu a promessa de mais ajuda – mas sob condições.

“Os eventos entre a Grécia e a Turquia claramente apontam para uma pressão políticamente motivada na fronteira externa da UE”, disse a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, antes de conversar com Erdogan.

“Encontrar uma solução para esta situação exigirá antes aliviar a pressão exercida na fronteira”, acrescentou.

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