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Ações da companhia petrolífera saudita Aramco caem dez por cento

Homem saudita monitora monitora painel de câmbio na Bolsa de Valores da Arábia Saudita (Tadawul) em Riad, 3 de novembro de 2019 [Fayez Nureldine/AFP/Getty Images]

Ações da empresa estatal petrolífera Saudi Aramco caíram em dez por cento nesta manhã, após a Arábia Saudita cortar drasticamente os preços oficiais de petróleo bruto e estabelecer planos para um aumento dramático da produção no próximo mês, resultando na queda brusca dos preços internacionais. As informações são da agência Reuters.

Ações da Aramco foram estimadas no valor de 27 riyals (US$ 7,20), 15.6 por cento abaixo da oferta pública inicial (IPO) de 32 riyals (US$ 8,50). Em dezembro, o valor da companhia petrolífera era calculado em US$ 1.7 trilhões, considerada a maior oferta pública de ações realizada no mundo.

A Aramco caiu abaixo de sua oferta inicial neste domingo (8), pela primeira vez desde o início do comércio de suas ações, em dezembro, quando a classificação da corporação saudita parecia representar o ápice de anos e anos de esforços do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman para diversificar a economia nacional, para além da dependência do petróleo.

A Arábia Saudita anunciou seu plano de aumentar a produção de petróleo cru acima de dez milhões de barris por dia (bpd) no próximo mês de abril, após o colapso do pacto para corte de fornecimento entre OPEP e Rússia.

A classificação Brent de petróleo cru desabou em um terço de seu valor após a decisão do governo saudita ser anunciada.

“A reação saudita ao colapso tenta reverter a cartilha de 2014. Ao precipitar uma derrocada nos preços de petróleo, tentam encerrar seus subsídios a produtores de alto custo”, afirmou Akber Khan, presidente de análise e monitoramento da empresa Al Rayan Investimentos.

“Esta é uma estratégia sofrida que requer tempo para ter resultados e que fracassou em tentativas anteriores”, concluiu Khan.

Ações da Aramco atingiram um ápice intradiário de 38.70 riyals (US$ 10,30) em seu segundo dia consecutivo de comercialização. Desde então, entretanto, seus preços começaram a cair sob preocupações em torno da valorização excessiva, o que distanciou fundos internacionais de tomarem parte em sua oferta pública.

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