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Pentágono revela novas evidências de envio de armas pelo Irã às forças houthis no Iêmen

Pentágono, Estados Unidos [foto de arquivo]

O Pentágono anunciou que o Irã continua a enviar armamentos sofisticados aos rebeldes houthis no Iêmen, em violação flagrante de seus compromissos internacionais. As acusações do Departamento de Defesa dos Estados Unidos apoiam-se sobre imagens de armas iranianas supostamente transportadas em duas embarcações interceptadas por forças americanas em menos de três meses.

O comandante Bill Urban, porta-voz do Comando Central dos Estados Unidos no Oriente Médio (Centcom), declarou em coletiva de imprensa realizada no Pentágono, Washington, que as forças al-Quds – unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã, responsável por operações em solo estrangeiro – “consistentemente demonstraram esforços para enviar armas aos houthis no Iêmen.”

Durante a coletiva de imprensa, Urban apresentou fotografias das armas confiscadas pelas forças americanas em 25 de novembro de 2019 e 9 de fevereiro de 2020, a bordo de dois barcos pequenos que navegavam sem qualquer bandeira nacional. Urban destacou que tais armas têm origem iraniana e destino ao Iêmen, em apoio aos rebeldes houthis.

Urban descreveu que a segunda interceptação, em 9 de fevereiro, foi executada pelo cruzador americano USS Normandy, no Mar da Arábia, em operação na qual foram apreendidos 150 mísseis antitanque do tipo “Dahlawi” – versão iraniana do míssil Kornet, de origem russa –, além de 358 mísseis superfície-ar, arma recentemente fabricada no Irã.

Durante a primeira interceptação, em novembro, o contratorpedeiro USS Forrest Sherman apreendeu mísseis do mesmo tipo, além de um grande número de componentes balísticos para mísseis de cruzeiro.

Urban destacou: “Os Estados Unidos estão convencidos de que apreenderam armas […] manufaturadas no Irã e que estavam a caminho de serem contrabandeadas aos houthis no Iêmen, em violação de diversas resoluções do Conselho de Segurança da ONU.”

O oficial americano recusou-se a responder questões relacionadas à forma como a Marinha dos Estados Unidos monitorou as embarcações – em particular devido ao fato de que um grande número de barcos menores semelhantes constantemente navegam pela região. Também recusou-se a comentar sobre o local onde foram carregadas as armas.

Urban apenas declarou que a tripulação do barco interceptado em 9 de fevereiro eram composta por cidadãos iemenitas, entregues então à guarda costeira do Iêmen.

O governo em Teerã nega consistentemente as acusações dos Estados Unidos sobre o fornecimento de apoio militar aos rebeldes houthis no Iêmen, que lutam contra o governo reconhecido internacionalmente, apoiado pela coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.

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