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Setenta mortos em ataque de rebeldes houthis sobre campo militar no Iêmen

Apoiadores do movimento houthi participam de marcha em comemoração do quinto aniversário do controle houthi sobre a capital iemenita Sanaa, em 21 de setembro de 2019 [Mohamed Hamoud/Agência Anadolu]

Setenta pessoas morreram após rebeldes houthis lançarem um ataque aéreo contra um campo militar mantido pelo governo oficial do Iêmen, na cidade de Marib, segundo fontes militares locais.

Um veículo aéreo não-tripulado foi utilizado para executar o ataque, reiteraram as fontes do governo iemenita. O atentado deixou um grande número de soldados feridos.

O Presidente do Iêmen Abdrabbuh Mansur Hadi afirmou em uma primeira declaração após o ataque de sábado que a agressão de milícias houthis contra a mesquita localizada no campo militar em Marib revela o quão relutantes os dissidentes estão para chegar a qualquer acordo de paz.

Uma fonte do Hospital Público de Marib, que pediu anonimato devido a restrições para falar com a imprensa, relatou à Agência Anadolu que a maioria dos mortos eram soldados atingidos por morteiros em horário de descanso.

Em confrontos distintos, ao menos 23 rebeldes houthis e três soldados do Exército do Iêmen foram mortos, neste sábado (18), na capital Sanaa. Conforme informações das fontes de segurança do Iêmen, o exército iemenita executou uma operação preventiva contra os rebeldes houthis, que se preparavam para atacar postos militares no distrito de Nihm.

O Exército do Iêmen anunciou ter repelido o ataque houthi também na província de Al-Bayda.

O Iêmen é assolado pela violência desde 2014, quando rebeldes houthis tomaram o controle de grande parte do país, incluindo a capital Sanaa. A crise intensificou-se em 2015, quando uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita lançou uma devastadora campanha aérea com o objetivo de retomar os ganhos territoriais do movimento houthi.

Desde então, estima-se que dezenas de milhares de iemenitas foram mortos e feridos no conflito. Estima-se também que 14 milhões de pessoas também estão sob risco de fome devido à crise, segundo informações da ONU.

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