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Israel deve aprovar 2.000 novas unidades de assentamentos em Jerusalém e Cisjordânia

Assentamento israelense de Givat Zeev, perto da cidade palestina de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 19 de novembro de 2019 [Ahmad Gharabli/AFP/Getty Images]

A Administração Civil de Israel aprovará nesta próxima semana a construção de 2.000 novas unidades de assentamentos nos territórios ocupados de Jerusalém e Cisjordânia, relatou o jornal israelense Haaretz neste domingo (29).

A Administração Civil é o órgão da ocupação israelense responsável por operar nos Territórios Palestinos Ocupados (TPOs). As 2.000 novas unidades de assentamentos serão construídas em assentamentos isolados em bolsões exclusivamente judaicos.

A aprovação, segundo o Haaretz, está alinhada com os comentários recentes feitos pelo Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, que anunciou recentemente que “logo aprovará 3.000 novas unidades de assentamentos.”

Netanyahu também afirmou que logo anunciará a anexação do Vale do Jordão e que deverá obter apoio dos Estados Unidos para anexar assentamentos localizados na Cisjordânia.

Em relatório recente, a Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que Israel realizou ou aprovou a construção de 10.000 novas unidades de assentamentos nos territórios ocupados apenas em 2019, número muito superior ao índice de 6.800 novas unidades referentes aos dois anos anteriores.

Segundo o relatório: “Desde 2016, mais de 22.000 novas unidades de assentamentos foram construídas ou aprovadas nos territórios da Cisjordânia ou Jerusalém Oriental.” O relatório também observa que 8.000 novas licitações foram emitidas para construção de unidades coloniais nos territórios ocupados.

Os assentamentos israelenses nos territórios ocupados são considerados terminantemente ilegais conforme a lei internacional e contradizem todas as resoluções da ONU.

O próprio Conselho de Segurança da ONU, em 2017, emitiu uma resolução reiterando a ilegalidade dos assentamentos israelenses em apelo para que a construção seja interrompida imediatamente. A resolução declarou que os assentamentos constituem uma “flagrante violação” das leis e convenções internacionais.

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