Os houthis do Iêmen acusaram a França, na quarta-feira (24), de fornecer armas e logística à coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita que luta contra o grupo rebelde no país devastado pela guerra, informa Anadolu.
“A França matou e feriu mais de 38 iemenitas por projéteis de artilharia no mercado de Al-Raqou, no distrito fronteiriço de Manbeh, na província de Saada”, tuitou Mohamed Al-Houthi, um dos principais rebeldes houthis, acrescentando que o sistema jurídico francês estava fazendo vista grossa para esses ataques.
Até agora, nenhum comentário foi feito pela Coalizão Árabe ou pelo governo francês sobre essas acusações.
Na segunda-feira, o grupo acusou o exército saudita de bombardear o mercado de Al-Raqou, que deixou dezenas de mortos e feridos.
O Iêmen é assolado pela violência e pelo caos desde 2014, quando rebeldes houthis invadiram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa.
A crise aumentou em 2015, quando uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita lançou uma campanha aérea devastadora, destinada a reverter os ganhos territoriais houthis.
A Arábia Saudita e seus aliados acusam os houthis de serem procuradores do Irã.
Desde então, acredita-se que dezenas de milhares de iemenitas, incluindo numerosos civis, tenham sido mortos e feridos no conflito, enquanto outros 14 milhões estão em risco de morrer de fome, segundo a ONU.