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OMS diz que 70 mil já foram mortos ou ferios na guerra civil do Iêmen

Crescente Vermelho Iêmen (Cruz Vermelha Internacional) realiza operação depois de ataque aéreo das forças da coalizão lideradas pela Arábia Saudita sobre uma prisão, na qual membros do movimento Houthi Ansarullah retêm seus prisioneiros, em Dhamar, Iêmen. Em 1º de setembro de 2019. [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na terça-feira que quase 70 mil homens, mulheres e crianças no Iêmen perderam a vida ou ficaram gravemente feridos como resultado do conflito no local.

A organização observou em seu relatório que 156 ataques foram documentados em instalações de saúde e profissionais de saúde durante a guerra, sem especificar quem os perpetrou.

O relatório informou que 76.137 casos suspeitos de cólera foram relatados desde o início do ano até o final de outubro, incluindo 991 mortes como resultado da doença, enquanto houve um total de 25.242 casos de dengue, incluindo 104 mortes relacionadas à doença.

A organização informa que apenas 50% das unidades de saúde estão operando no Iêmen em meio a uma grave escassez de medicamentos, equipamentos e funcionários.

O relatório revelou que há 35.000 pacientes com câncer no Iêmen, 10% deles são crianças, além de 7.000 pacientes com insuficiência renal que precisam de sessões semanais de diálise.

Os números da OMS são muito inferiores aos divulgados pelo projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos que, no início de novembro, revelou que 100 mil pessoas foram mortas nos distúrbios no Iêmen, incluindo mais de 12.000 civis mortos em “ataques diretos”.

O Iêmen empobrecido permanece em estado de guerra civil desde 2014, quando rebeldes houthis invadiram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa.

Em 2015, a Arábia Saudita e seus aliados árabes lançaram uma campanha aérea massiva destinada a reverter os ganhos militares de Houthi e apoiar o governo em conflito no Iêmen.

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