Ataques aéreos matam nove civis em Idlib, na Síria

Neste domingo, em uma área do noroeste da Síria supostamente livre de atos de agressão, ao menos nove civis foram mortos e outros dez feridos durante ataques aéreos executados por forças da Rússia, relatou um grupo de voluntários locais de defesa civil. As informações são da Agência Anadolu.As aeronaves russas executaram ataques contra as aldeias de Bsakla, Uraynibah e outras duas aldeias no noroeste da província de Idlib, segundo observatório sírio que monitora a movimentação de aeronaves sobre a região.

O regime de Bashar al-Assad também executou ataques com morteiros, foguetes e outras armas de fogo contra o distrito de Kafr Nabl e mais três aldeias em Idlib.

Após os ataques, equipes de defesa civil lançaram operações de busca e resgate.

No último mês, o número de mortos destes ataques contra áreas residenciais na zona de desescalada de Idlib alcançou o índice de 75 pessoas, incluindo 13 crianças, segundo o grupo de defesa civil Capacetes Brancos.

Além disso, somente na primeira metade de novembro, os ataques de Assad e seus aliados russos resultaram no deslocamento de aproximadamente 40.000 civis da zona de desescalada de Idlib, segundo o Grupo de Coordenação de Respostas da Síria, ong local.

Putin bombardeia a Síria às cegas [Sarwar Ahmed/Monitor do Oriente Médio]

Em setembro deste ano, Turquia e Rússia concordaram em tornar a província de Idlib em uma zona de desescalada onde atos de agressão são expressamente proibidos. O regime sírio e seus aliados, no entanto, consistentemente rompem os termos do cessar-fogo, ao lançar ataques frequentes contra a região.

A zona de desescalada de Idlib abriga hoje cerca de quatro milhões de civis, incluindo centenas de milhares de refugiados deslocados nos últimos anos, devido a ações do regime de Assad no decorrer da guerra que assola o país.

A Síria permanece em estado de violenta guerra civil desde o início de 2011, quando o regime reprimiu protestos populares a favor da democracia com uma ferocidade inesperada. Desde então, centenas de milhares de pessoas foram mortas e mais de dez milhões sofreram deslocamentos forçados, segundo estimativas oficiais da ONU.

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