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Relatório da ONU afirma que há 2.6 milhões de deslocados internos na Somália

Somalis esperam por água potável entregue por organizações não-governamentais em um campo no estado da Baía da Somália, em 4 de abril de 2017 [Arif Hüdaverdi Yaman/Agência Anadolu]

Um total de 2.6 milhões de pessoas na Somália sofreram deslocamentos internos devido a crises de insegurança, secas e enchentes, segundo relatório da agência de migração da ONU divulgado nesta terça-feira (22). As informações são da Agência Anadolu.

“A Somália, por mais de três décadas, está às margens do conflito; acrescente agora a seca recente e o resultado são deslocamento e falta de alimentos,” afirma o relatório publicado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Segundo o relatório, na primeira metade deste ano, o deslocamento forçado na Somália se deu principalmente devido a “insegurança, seca e enchentes.”

“Atualmente, um total de 2.6 milhões de pessoas permanecem deslocadas dentro do país,” acrescentou. Além disso, estima-se que 5.4 milhões de pessoas – da população total de 15 milhões – sofrem com a insegurança alimentar, enquanto 2.2 milhões de somalis vivem em “condições graves de insegurança alimentar severa.”

O relatório afirmou que mais da metade da população na Somália vive abaixo da linha da pobreza, “com maiores taxas de pobreza encontradas nos assentamentos das populações deslocadas.”

Em grande parte devido ao conflito duradouro, a Somália possui também uma considerável população de refugiados no exterior, quase 900.000 somalis, segundo o Relatório de Tendências Globais do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), publicado em junho de 2019.

A Somália desabou em guerra civil no ano de 1991, após a deposição do presidente Mohamed Siad Barre. Desde então, permanece sob o jugo de ciclos históricos de enorme violência.

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