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Relatório do parlamento israelense revela discriminação dos estudantes árabes em Israel

Estudantes árabes protestam contra o massacre em Gaza na Universidade de Tel Aviv, em 15 de maio de 2018 [Quds Press]

O Centro de Informações e Pesquisa do Knesset – parlamento israelense – revelou uma enorme desigualdade entre os financiamentos públicos direcionados para estudantes judeus e árabes nas instituições de ensino israelenses, segundo informações da rede de notícias Arab48 publicadas ontem (20).

Segundo o Índice de Desenvolvimento e Eficiência do Ministério da Educação de Israel, os estudantes em Israel são divididos em quatro categorias: fraco, fraco-intermediário, intermediário-forte e forte.

O relatório do Knesset descobriu que 87 por cento dos estudantes árabes no ensino fundamental são classificados como fraco ou fraco-intermediário. Os índices em escolas técnicas atingem 88,5 por cento; no ensino médio, 87,5 por cento.

O relatório também descobriu que as escolas de maioria árabe recebem bem menos recursos do que as escolas judaicas. Segundo as informações divulgadas, o estado paga até 43.000 shekels (US$ 12.174) para os estudantes judeus no ensino médio, enquanto estudantes árabes no mesmo nível educacional recebem apenas 24.250 shekels (US$ 6.855), quase metade do valor.

O relatório foi divulgado a pedido de Yousef Jabareen, parlamentar árabe em Israel e membro da chamada Lista Conjunta – coalizão dos partidos árabes no Knesset. Jabareen acusou o estado de discriminar estudantes árabes e judeus de modo sistemático.

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