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Israel prendeu 12 mil palestinos desde os acordos de Oslo

Soldadosisraelenses prendem um palestino na Cisjordânia. Em 15 de dezembro de 2018 [Ayman Ameen/Apaiamges]

A ocupação israelense prendeu 120 mil palestinos desde o anúncio do Acordo de Oslo entre a OLP e Israel, em setembro de 1993, revelou Abdel-Nasser Ferwaneh, especialista em questões de prisioneiros, na sexta-feira.

Para absorver esse grande número de prisioneiros palestinos, explicou Ferwaneh, Israel construiu e abriu várias novas prisões.

Ele observou que a detenção diminuiu entre 1993 e 2000, mas aumentou acentuadamente desde 2000, quando a segunda Intifada ou ‘Intifada Al-Aqsa’ começou.

Farwaneh, ex-prisioneiro, afirmou que a prisão israelense inclui homens, mulheres, idosos e menores, confirmando que cerca de 2.000 mulheres e mais de 17.500 crianças foram detidas desde o Acordo de Oslo.

Ele revelou que, nesse período, a ocupação israelense prendeu mais da metade dos deputados palestinos, vários ministros, centenas de acadêmicos, e funcionários de ongs e organizações internacionais durante esse período.

O especialista anunciou que todos os palestinos detidos foram submetidos a pelo menos uma forma de tortura, observando que a prática e o tratamento severo aumentaram recentemente.

Acordos de Oslo, 25 anos – Cartum [Sabaaneh / Monitor do Oriente Médio]

Ferwaneh também afirmou que o Knesset israelense discutiu e aprovou mais de 20 leis contra os prisioneiros palestinos.

Desde o Acordo de Oslo, segundo ele, 107 prisioneiros palestinos morreram dentro das prisões israelenses devido a tortura e negligência médica intencional – o caso mais recente foi o de Bassam Al-Sayeh, que faleceu na semana passada.

Além disso, Farwaneh confirmou que dezenas de prisioneiros palestinos morrem após serem libertados, devido a doenças relacionadas à sua prisão..

Atualmente, há cerca 5.700 prisioneiros palestinos nas prisões israelenses, incluindo 220 crianças, 38 mulheres (mulheres e meninas), 700 doentes e 500 sob detenção administrativa.

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