Após invasão inesperada à sua cela, prisioneiro oposicionista morre em prisão do Egito

Na manhã de sexta-feira (6), Jumaa Mohammed Hassan, prisioneiro egípcio de oposição ao governo, morreu apenas algumas horas depois das forças de segurança do Egito subitamente invadirem sua cela, denunciou a rede de notícias Arab21.

Segundo Ahmed Attar, pesquisador de direitos humanos na Coordenação do Egito por Direitos e Liberdade, Jumaa Mohammed Hassan morreu de um infarto fulminante.

Attar confirmou que, na noite de quinta-feira (5), forças de segurança altamente armadas invadiram a cela de Hassan, o que resultou no ataque cardíaco, e que deixaram a cela sem lhe oferecer qualquer assistência médica.

Em sua página no Facebook, Attar declarou que “as forças de segurança trancaram a cela de Hassan enquanto ele gritava e pedia por socorro. Quando sua condição deteriorou, prisioneiros de outras celas começaram a bater nas portas por um longo período até que Hassan foi retirado e levado ao hospital, onde faleceu.”

Attar reiterou que Hassan foi condenado a mais de cinco anos de prisão sob diversas acusações e que lhe foi negado o acesso às medicações necessárias, apesar da administração da Prisão Tora estar plenamente ciente das más condições de saúde do prisioneiro.

Attar acrescentou que a administração da prisão rejeitou um recurso de Hassan pouco antes de sua morte, cujo propósito era anistiá-lo sob argumentos médicos, pois sofria de doenças cardíacas crônicas e não tinha acesso ao hospital da prisão a fim de receber o tratamento necessário.

O representante da organização de direitos humanos também reconheceu que todos os prisioneiros na Prisão Tora sofrem com as condições severas impostas pelas autoridades e são submetidos a “violações contínuas, além de inspeções e invasões súbitas.”

Ele também explicou que as famílias dos prisioneiros são expostas a humilhações e abusos sistemáticos quando visitam seus parentes na prisão.

“A administração da Prisão Tora confisca remédios trazidos pelos familiares e ameaça os prisioneiros de transferí-los para locais distantes, como a Prisão de Al-Wadi al-Jadeed,” acrescentou Ahmed Attar.

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