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Associações marroquinas demandam a libertação de jornalista presa por suposto aborto

Jornalista marroquina Hajar Rissouni [al3omkcom/Twitter]

Associações marroquinas anunciaram sua solidariedade à jornalista Hajar Rissouni, presa por autoridades locais após supostamente realizar um aborto.

Organizações não-governamentais do Marrocos publicaram declarações em apoio à jornalista após sua prisão, alguns dias antes da data prevista para o seu casamento.

Ativistas marroquinos lançaram a hashtag “Freedom for Hajar” (“Liberdade a Hajar”), exigindo sua soltura, em particular após a divulgação de um documento oficial emitido por um hospital estatal em Rabat confirmando que ela havia “passado por um aborto”.

Em declarações separadas, o Sindicato Nacional de Imprensa do Marrocos, o Fórum Marroquino de Jovens Jornalistas e a Associação Marroquina para Cidadania e Direitos Humanos condenou a prisão e difamação de Rissouni e exigiu sua liberdade imediata.

O príncipe Moulay Hicham, primo de primeiro grau do Rei Mohammed VI, saiu em defesa da jornalista. Ele afirmou que Rissouni é vítima de um ataque grosseiro, ao ser acusada de abortar embora tenha sido absolvida por um laudo médico requerido pelo judiciário. A situação, reiterou o príncipe em sua página no Facebook, é bastante grave, além de representar um grave ataque aos direitos constitucionais da jornalista.

“Este absurdo deve parar,” afirmou o jornalista marroquino Mohamed Bekkali, também no Facebook. “Libertem Hajar e a imprensa do país.”

Rissouni foi detida no último sábado (31 de agosto) e apareceu diante da Promotoria Pública acompanhada de seu noivo, um professor universitário sudanês. Seu casamento estava previsto para 14 de setembro.

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