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Israel impede que 661 pacientes de Gaza viajem para receber tratamento

Equipes de primeiro-socorros e pacientes em macas participam de um protesto contra os impedimentos de saúde causados pelo bloqueio de Israel a Gaza, que já dura mais de dez anos, no travessia de Beit Hanoun, Cidade de Gaza, 17 de julho de 2018 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]

O Centro Palestino para Direitos Humanos (PCHR, em inglês) declarou que Israel continuou a impor restrições severas ao movimento de pessoas na Faixa de Gaza durante o mês de julho, ao impedir 661 pacientes de viajarem para receber tratamento e reduzir as exportações locais em 42,2 por cento.

Em relatório mensal divulgado nesta terça-feira (27), a organização palestina declarou: “As autoridades da ocupação israelenses recusam-se a permitir que a maioria dos residentes da Faixa de Gaza deixem ou mesmo retornem a ela por meio da travessia de Beit Hanoun (Erez). Embora permita a passagem de pacientes com graves problemas de saúde, estes são submetidos a medidas de segurança severas e processos árduos e duradouros a fim de obter a autorização para atravessar a fronteira.”

Durante o período tratado no relatório, as autoridades israelenses impediram a passagem de 661 pacientes com ordens médicas de transferência para hospitais israelenses ou na Cisjordânia, incluindo Jerusalém ocupada.

Segundo o relatório, as autoridades israelenses justificaram as proibições de viagens com fins médicos sob vários pretextos: razões de segurança, pedidos para que sejam transferidos para outras unidades médicas ou de novas consultas, atrasos nas respostas dos requerimentos de viagem, ou ordens para que o paciente seja interrogado pelas forças de segurança.

Israel continua a impedir também a exportação de produtos da Faixa de Gaza, exceto quantidades mínimas, cujo maior excedente são produtos agrários.

O relatório declarou que as exportações de julho marcaram uma queda de 42,2 por cento, comparadas ao mês anterior. As exportações de julho constituem 3,8 por cento das exportações do setor diante do bloqueio.

As autoridades da ocupação também mantêm restrições severas sobre o fornecimento de bens e produtos classificados como “itens de dupla utilização”. Observa-se que as autoridades israelenses formalmente listaram 118 itens do tipo, contendo diferentes produtos e materiais essenciais à vida cotidiana.

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