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Israelense ataca salva-vidas palestino de origem beduína aos gritos de ‘ódio aos árabes’

Pastor palestino beduíno com o seu rebanho na aldeia de Ein al-Uja, perto de Jericó, na Cisjordânia ocupada, em 27 de abril de 2019 [Ayat Arqawy/Apaimages]

Nesta segunda-feira (5), um homem judeu-israelense foi indiciado por um ataque violento contra um salva-vidas palestino beduíno em uma piscina local. Segundo a rede de notícias Ynetnews, durante o ataque o agressor “gritava insultos raciais”.

Aviad Dahan, residente de Sderot – cidade israelense no Deserto do Negev, próxima à Faixa de Gaza –, atacou o salva-vidas de 19 anos de idade em uma piscina local “após ser requisitado que se afastasse da área enquanto estivesse fumando e bebendo”, conforme as informações da acusação registrada no início da semana.

Dahan foi indiciado pela Corte de Magistrados de Kiryat Gat por “causar sérios ferimentos corporais e ameaçar a vida do salva-vidas palestino, de origem beduína da cidade de Rahat, na piscina pública local, após o jovem pedir que o acusado mantivesse distância da piscina por estar alcoolizado.”

Segundo o Ynetnews, o acusado respondeu ao pedido do salva-vidas com socos e agressões, gritando expressões como “ódio aos árabes”. Neste meio tempo, a esposa do acusado também agrediu o jovem “com tapas na cara”. Conforme a denúncia, durante a agressão, Dahan também ameaçou matar “este árabe fedorento”.

Além disso, a acusação “declara que durante seu interrogatório, Dahan reiterou seus sentimentos, ao afirmar que o estopim para seu ataque foi ver ‘árabes e judeus lado a lado’.”

O Ynetnews acrescentou que a esposa do acusado, Nofar, “não foi indiciada no caso, apesar de também abordar o salva-vidas durante o incidente, ao estapear repetidamente o rosto do jovem diante de dezenas de testemunhas, muitas das quais crianças”.

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