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Primeiro-Ministro palestino afirma que Israel ameaça a solução de dois estados

Mahmoud Abbas, presidente palestino, e Mohammad Shtayyeh, primeiro-ministro palestino, participam das orações de Eid al-Fitr na sede da Presidência, em Ramallah, Cisjordânia, 5 de junho de 2019 [Presidência Palestina/Handout/Agência Anadolu]

Mohammad Shtayyeh, primeiro-ministro palestino, afirmou nesta quarta-feira (31) que seu país passa por tempos de risco à medida que o governo israelense se empenha para deteriorar a solução de dois estados por meio de suas políticas recentes. As informações são da Agência Anadolu.

Em uma declaração, Shtayyeh afirmou que as violações de Israel acontecem graças à anuência da administração dos Estados Unidos, cujas declarações extremas e injustas agridem com frequência os direitos palestinos.

O primeiro-ministro acusou a comunidade internacional de silenciar-se sobre as violações dos direitos palestinos. Também defendeu a decisão recente da Palestina de interromper todos os acordos com Israel como uma forma de mudar a atitude de Israel em relação ao país.

Shtayyeh acusou Israel de tentar prejudicar deliberadamente a solução de dois estados, ao expandir os assentamentos judaicos e violar uma série de acordos.

Ao enfatizar que Israel desrespeita sistematicamente qualquer negociação e viola todos os acordos com a Organização pela Libertação da Palestina (OLP), Shtayyeh afirmou que o governo palestino tem como único objetivo alcançar a paz e manteria qualquer acordo, desde que Israel cumprisse sua parte.

Em 25 de julho, o presidente palestino Mahmoud Abbas anunciou que todos os acordos assinados com Israel estavam suspensos. A decisão foi uma resposta à demolição de dezenas de casas palestinas pelas forças israelenses nos territórios ocupados de Jerusalém Oriental.

Tratores escoltados por centenas de soldados israelenses invadiram o bairro de Wadi Homs em Jerusalém Oriental e passaram a destruir diversos edifícios no local. As autoridades israelenses alegam que os edifícios demolidos foram construídos sem autorização.

Israel passou a ocupar Jerusalém Oriental, onde está localizado o complexo da Mesquita de Al-Aqsa, durante a Guerra Árabe-Israelense de 1967.

Em um movimento jamais reconhecido pela comunidade internacional, Israel anexou toda a cidade, em 1980, ao declará-la unilateralmente como capital “eterna e indivisível” do estado judeu.

Jerusalém permanece no coração das disputas históricas no Oriente Médio. Os palestinos têm esperanças de que Jerusalém Oriental torne-se um dia a capital de um estado palestino.

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