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Israel manteve um palestino por 11 dias, sem conseguir determinar se a arma era real

Menino palestino com arma de brinquedo em Nazaré [Wikipedia]

Um palestino foi detido pelas autoridades israelenses durante 11 dias, período em que os investigadores não conseguiram determinar se a arma que ele alegadamente possuía era de fato real.

Segundo o Haaretz, o palestino afirmou que a arma era um brinquedo. Durante todo o tempo em que esteve na prisão, o homem “foi interrogado apenas uma vez, logo após sua prisão”.

“Apesar de sua detenção ter sido prorrogada três vezes”, informou o jornal, “a polícia nunca obteve os resultados de testes que deveriam determinar se a arma era real”. No final, o tribunal militar libertou o homem sob fiança no início deste mês.

O artigo descreve como o palestino foi detido pelas forças de ocupação israelenses em 23 de junho, depois que os soldados encontraram o que descreveram como uma “arma perigosa” em sua casa.

Um tribunal militar prorrogou sua detenção por seis dias, até 1º de julho, pedindo aos investigadores que “realizassem todas as ações investigativas necessárias, inclusive verificando se era uma arma adequada”.

Quatro dias depois que o homem recorreu à corte, um investigador da polícia disse que, frente a alegação do detento de que a arma era um brinquedo, “o item foi passado para um exame por um especialista em armas, que também não pôde determinar se esta era uma arma real ”.

Em 1º de julho, “o tribunal militar realizou outra audiência a respeito do caso, mas a polícia ainda não sabia determinar a autenticidade da arma”.

No dia seguinte, o palestino foi “levado perante a corte pela terceira vez”, onde foi revelado que a polícia israelense “ainda não conseguiu verificar a arma”, e “pediu para estender a detenção do suspeito por mais seis dias”.

O tribunal então “ordenou que a polícia liberte o suspeito, observando que ele é um residente da Área C [da Cisjordânia] e possui um serviço de aluguel de carros que estava tendo dificuldade em funcionar com ele na cadeia”.

A polícia disse ao Haaretz que “continuaria investigando o caso”.

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