Cidade israelense prepara construção de cemitério que terá guardas armados em funerais na Cisjordânia

Uma cidade israelense prepara a construção de seu cemitério dentro da Cisjordânia ocupada, o que vai requerer a presença de guardas armados em todos os funerais a serem realizados no lugar, informou o Haaretz.

Segundo o jornal, o cemitério também deverá atender ao chamado Conselho Regional de Binyamin, não apenas aos moradores de Mevasseret Zion.

Há duas semanas, Yoram Shimon, chefe do conselho de Mevasseret, anunciou seu plano de construir o cemitério em uma área entre a Linha Verde e o Muro de Separação, dentro da Cisjordânia ocupada. Após reuniões com oficiais de colonos e o exército, o conselho local aprovou o plano na semana passada.

No entanto, um documento obtido pelo Haaretz “indica que a construção de um cemitério na área designada transformaria todos os funerais em um evento de segurança”.

O resumo de uma reunião entre Shimon e o chefe de um corpo do exército de ocupação que administra o muro nessa área traz a explicação dos militares sobre “o significado da proibição e a importância da restrição à construções nos dois lados da cerca de segurança”.

O documento registra que “é possível examinar o pedido positivamente no futuro”, mas sujeito a várias condições impostas pelo exército.

De acordo com o texto, antes de tudo, a área deve ser adequadamente dividida em zonas. Além disso, o exército insiste em que o cemitério seja cercado por uma cerca de metal com três metros de altura. O conselho local também deve instalar câmeras de segurança com capacidade de vigilância noturna e diurna e o conselho deve comprometer-se a assegurar a segurança civil armada com guardas em todos os funerais, do começo ao fim, como condição para realizá-lo.

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